15/04/2008

Entrevista à Presidente e Vice-Presidente do Agrup. Vertical de Escolas Júdice Fialho - prof.ª Elisa Barreiras e prof.ª Fátima

1 - Com o passar dos anos tem havido um aumento ou uma diminuição do nº de imigrantes que frequentam a sua escola? Na sua opinião a que se deve isso?
Prof.ª Elisa: Houve um aumento muito significativo e deve-se sobretudo à imigração dos habitantes dos países de leste para a Europa ocidental decorrente das necessidades de trabalho e à livre circulação dos cidadãos na sociedade, tanto aqui nesta escola como na do primeiro ciclo, ambas as escolas receberam mais alunos estrangeiros nestes últimos anos.

2 – Costuma aceitar bem a vinda de alunos estrangeiros para esta escola ou tende a ser selectiva quanto ao tipo de imigrantes que aceita?
Prof.ª Elisa: Não se pode ser selectivo, a escola é para todos, dado que é uma escola pública. A escola só não aceita mais alunos quando não existem mais vagas para estes, quando surge essa situação encaminhamo-los para outra escola da zona. A explosão demográfica aqui em Portimão é muita. No primeiro ciclo existem turmas de 24 a 25 alunos e no segundo e terceiro ciclo há uma turma do 5º ano que chegou aos 30 alunos.

3 - Quantas nacionalidades diferentes existem na escola?
Prof.ª Elisa: Várias, nesta escola existem alunos moldavos, ucranianos, russos, romenos, brasileiros, cabo-verdianos, angolanos, cubanos, etc.. Mas os que predominam são os cabo-verdianos e a seguir os ucranianos.

4 - Qual a comunidade linguística que mais se destaca? Porquê?
Prof.ª Elisa: Os alunos de leste. Na sua maioria são muito empenhados e lutam para conseguirem superar todas as suas dificuldades.

5 - Acha o desempenho desses alunos bom ou mau?
Prof.ª Elisa: Há de tudo um pouco, temos um caso de uma aluna moldava que se aplica bastante e que tem neste momento media de 5 a todas as disciplinas.

6- Que tipo de apoio fornece aos imigrantes relativamente à sua aprendizagem e adaptação?
Prof.ª Fátima: Há um despacho, um normativo que permite a estes meninos ter um acompanhamento, no primeiro ciclo eles têm no mínimo 90 minutos semanais de apoio extra lectivo e no segundo ciclo têm já um apoio também extra lectivo na área da língua portuguesa, o chamado – português para estrangeiros. Neste momento temos cerca de 157 alunos a nível de agrupamento desse apoio.

7- Como acha que tem sido a adaptação dos alunos estrangeiros na escola?
Prof.ª Fátima: Adaptam-se muito bem, eles depois têm tendência em agrupar-se. Principalmente os alunos de leste que são muito determinados, quando têm dificuldades em termos de língua tentam superá-las.

8 - Na sua escola existe algum projecto onde as outras comunidades estrangeiras estejam inseridas?
Prof.ª Elisa: Não, mas há cerca de um mês a turma do 7º B fez um jantar inter cultural para os alunos da turma e para os seus pais, esse jantar surgiu devido ao projecto da direcção de turma. Os alunos confeccionaram comidas próprias de cada país e conviveram entre si.

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Quem somos?

Os heterónimos
Aurora Offermans, Joana Nunes, Nicole Alegre e Pedro Marrachinho - somos um grupo de alunos da Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes - Portimão, da disciplina de Área-Projecto, turma E do 12.º ano e estudantes do Curso de Línguas e Literaturas.

O nosso objectivo?

Através deste projecto pretendemos mostrar à comunidade portimonense de que forma as várias comunidades linguísticas presentes no município contribuem para o seu desenvolvimento e como estas também são influenciadas pela nossa cultura.